quarta-feira, 30 de junho de 2010
O estado no primeiro reinado.
Autor:Alexandre Ferreira de Azevedo
O Estado no primeiro Reinado
Autor : Pablo
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Participação Popular-Conjuração Baiana
Motins e rebeliõesO agravamento da situação social e econômica gerou inúmeros motins e rebeliões populares. Entre 1797 e 1798, presenciaram-se freqüentes invasões de armazéns de alimentos por populares que os saqueavam. Foi nesse contexto de revolta e descontentamento popular, que a Conjuração baiana, gradativamente, tomou forma como movimento organizado na luta por mudanças políticas e sociais. Mas não se pode perder de vista, também, que os ideais de mudança política e social defendidos pelos conjurados baianos, foram influenciados por outros movimentos sociais que eclodiram no mundo nesse mesmo período.A Europa, por exemplo, desde 1789, atravessava um momento de profundas transformações sociais e políticas geradas pela Revolução Francesa. O Haiti, colônia francesa situada nas Antilhas, foi palco de convulsões sociais devido às freqüentes e violentas rebeliões e levantes de escravos negros. Em seu conjunto, as notícias desses acontecimentos tiveram ampla repercussão no Brasil e serviram para dar sustentação aos ideais de liberdade, igualdade e soberania popular propugnados pelos conjurados baianos.Em seu estágio inicial, o movimento congregou membros da elite, ligados à grande propriedade agrícola e ao domínio escravista, que defendiam apenas a autonomia política do Brasil em relação a Portugal. Eles se reuniram e fundaram a sociedade secreta Cavaleiros da Luz. Não obstante, alguns dos membros da sociedade secreta romperam com os limites de sua classe social de origem, aderindo a perspectivas revolucionárias mais amplas.
Cipriano Barata e os alfaiatesPassaram a difundir propostas e ideais radicais entre os regimentos de soldados e a população em geral. O médico Cipriano Barata, por exemplo, foi um ativo propagandista do movimento, atuando principalmente entre a população mais humilde e junto aos escravos. Desse modo, a base social da Conjuração baiana foi se ampliando para a participação e mobilização popular. Com isso foi assumindo feições revolucionárias, tendo em vista a defesa dos interesses das camadas sociais mais pobres, dos humildes e dos escravos.Aderiram e participaram do movimento, homens brancos mulatos, negros livres e escravos. Mas a presença de um contingente expressivo de alfaiates fez com que a Conjuração baiana ficasse conhecida também como a "revolta dos Alfaiates". Entre as principais lideranças do movimento destacam-se: João de Deus Nascimento e Manuel Faustino dos Santos, ambos mulatos e alfaiates; Luís Gonzaga das Virgens e Lucas Dantas Amorim Torres, também mulatos. A chefia militar do movimento estava sob comando do tenente Aguilar Pantoja.Em agosto de 1798, o movimento dos conjurados baianos se encontrava organizado. Ele foi desencadeado pela difusão de panfletos e boletins que transmitiam mensagens contestatórias contra as autoridades metropolitanas. Frases foram escritas em locais públicos de grande circulação, como por exemplo: "Animai-vos povo bahiense, que está por chegar o tempo feliz da nossa liberdade, o tempo em que seremos todos irmãos, o tempo em que seremos todos iguais".
Execuções, prisão e desterroAlém do apoio popular, as lideranças do movimento buscaram também obter a adesão das autoridades coloniais, como a do governador dom Fernando José Portugal. Mas fracassaram nessa tentativa. As autoridades coloniais da região reagiram, desencadeando violenta repressão contra o movimento. Neste momento, ocorreu uma divergência entre as lideranças dos conjurados com relação ao rumo que o movimento deveria tomar, o que serviu para enfraquecê-lo. As autoridades coloniais conseguiram infiltrar espiões no movimento, que ajudaram a perseguir e prender as suas principais lideranças. Em pouco tempo, o movimento de revolta dos conjurados baianos foi desarticulado. Os cárceres ficaram abarrotados de rebeldes provenientes das camadas populares que aderiram ao movimento. Membros importantes da elite pertencentes à sociedade Cavaleiros da Luz também foram presos, como Cipriano Barata, Aguilar Pantoja e Oliveira Borges. Assim como ocorreu com os conjurados mineiros, o julgamento dos conjurados baianos resultou em penas de execuções, prisão e desterro. Devido à ampla adesão e participação popular, e em razão das propostas radicais defendidas, o movimento dos conjurados baianos representou o ápice das contradições sociais do período do Brasil colonial. Além da luta pela emancipação política do Brasil, a Conjuração baiana buscou romper com o sistema de dominação tradicional escravista vigente que estava assegurado pela elite colonial.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Brasília
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Brasília
Salvador - História |
Fundada em 29 de março de 1549, Salvador foi a primeira capital do Brasil, posição que manteve durante 214 anos (1549-1763). A Baía de Todos os Santos era conhecida pelos navegadores portugueses desde 1501; sua localização estratégica na costa brasileira propiciava as ligações Portugal - Brasil - África - Ásia e a eqüidistância entre as regiões Norte e Sul do Brasil, aliada às condições requeridas para o abrigo seguro e a correta manobra das embarcações. Tudo isso determinou a sua escolha como local ideal para a construção da capital do Brasil. O conjunto arquitetônico colonial de Salvador é de grande importância para a História, possuindo inclusive o título de "Patrimônio Histórico e Artístico da Humanidade" conferido pela O.N.U - Organização das Nações Unidas. Ao longo dos três primeiros séculos posteriores ao descobrimento do Brasil, Salvador - Capital entre 1549 e 1763 - serviu de palco dos acontecimentos mais marcantes do País e se transformou na principal localidade do Atlântico Sul. Em 1501, uma expedição de reconhecimento à terra descoberta por Pedro Álvares Cabral deparou-se com uma grande e bela baía - batizada de Baía de Todos os Santos pelo navegador Américo Vespúcio, por ter sido descoberta no dia 1º de novembro. O grande golfo tornou-se, então, uma referência para navegadores, passando a ser um dos pontos mais conhecidos e visitados no litoral do Novo Mundo. Alguns registros históricos da época relatam ocorrências, como a saga do português Diogo Álvares, em 1510. Náufrago de uma nau francesa, ele foi acolhido pelos indígenas Tupinambás da região e chamado de Caramuru. Posteriormente, tornou-se membro influente da comunidade, formou as primeiras roças de cana-de-açúcar e algodão e casou-se com uma índia, batizada com o nome de Catarina Paraguaçu (filha de um cacique da tribo Tupinambá). Caramuru desempenhou importante papel na implantação do Governo Geral. Em 1549, o rei de Portugal D. João III nomeou o militar e político Tomé de Sousa para ser o governador-geral do Brasil e decidiu enviá-lo para a missão no dia 12 de fevereiro do mesmo ano. A armada, capitaneada pela nau Conceição, trazia mais de mil pessoas em seis embarcações: as naus Conceição, Salvador e Ajuda, duas caravelas e um bergantim. Depois de 56 dias, a esquadra aportou no porto de Vila Velha - fundada pelo donatário da capitania hereditária da Bahia, Francisco Pereira Coutinho - e foi recebida com festa pelos Tupinambás e por Caramuru. Tomé de Sousa ficaria no cargo até 1553, quando voltou à Lisboa e foi substituído por Duarte da Costa. Em 1550, a Capital viu os primeiros escravos chegarem nos navios vindos da Nigéria, Senegal, Angola, Moçambique, Congo, Benin e Etiópia. Com o trabalho dos negros, a cidade prosperou por influência econômica das atividades portuárias e da produção de açúcar, do fumo e do gado do Recôncavo. Em 1583, Salvador tinha duas praças, três ruas e cerca de 1.600 habitantes. |
Autor: Pablo Rodrigues de Souza
Origem: Desconhecido